quarta-feira, 6 de junho de 2007

DN de 6 de Junho de 2007

Jovens vão ter de mudar de emprego 20 a 30 vezes
O trabalhador médio na Dinamarca muda de emprego 15 a 20 vezes
O homem que pôs em prática o primeiro modelo de flexigurança esteve ontem em Portugal e deixou um recado: os jovens actuais têm de se habituar à ideia de que vão ter 20 a 30 empregos diferentes. Poul Rasmussen, que foi primeiro-ministro da Dinamarca entre 1993 e 2001 e que actualmente preside ao Partido Socialista Europeu (PSE), explicou que esta é uma inevitabilidade da economia global e da mudança de tecnologias, que terá necessariamente reflexo no tipo de empregos que poderão existir no futuro. A alternativa, assegura, não é brilhante. Se não alterarmos o modelo de emprego, "uma grande parte dos trabalhadores portugueses vai perder o seu emprego e não ter oportunidade de encontrar um novo", disse em declarações ao DN no final do conferência organizada pela empresa Multipessoal e pela Unimagem. Rasmussen dá o exemplo do que se passou no seu país: na Dinamarca, "um trabalhador médio muda de emprego 15 a 20 vezes mais do que o que seu pai mudou". Mas, esclarece, mais de metade destas mudanças de emprego ocorrem dentro da própria empresa, ou seja são promoções. E. em média, quantas vezes são despedidos? "São despedidos 8 a 10 vezes mais do que os seus pais", responde Poul Rasmussen. Porém, o despedimento na Dinamarca tem consequências muito menos pesadas do que em Portugal. Aí, um trabalhador que seja posto fora do seu emprego "leva, em média, 10 a 14 dias" a encontrar uma alternativa, garante o "pai" da flexigurança. Em Portugal, metade dos desempregados leva mais de um ano a sair da situação de desemprego. Rasmussen lembra que estas mudanças levam tempo e que não devem ser feitas contra as pessoas. Por isso, apela à participação activa dos sindicatos e empregadores para que trabalhem em conjunto e aponta o caminho: a qualificação dos trabalhadores. Sim, porque "não se pode competir com salários baixos, mas sim com altas qualificações".

sexta-feira, 1 de junho de 2007

O terrário do Seixo

Vila Real é uma cidade desprovida de meios de transporte eficientes alternativos ao rodoviário. O comboio que podia ser um meio alternativo, foi como todos sabemos completamente abandonado, tendo esta cidade uma única e "magnifica" ligação de comboio à cidade do Peso da Régua, digna de ser considerada anedota nacional.
Tendo conhecimento a autarquia destas limitações, era de supor que pelo menos criasse condições para termos uma central de camionagem digna, visto ser esta uma cidade universitária com muitos alunos deslocados (os principais utilizadores destes meio de transporte). Eu sei que já foi prometido resolver este problema várias vezes e que a própria autarquia tem no plano de actividades orçamentada a construção da central de camionagem. Mas todo este processo merece algumas considerações no que concerne ao atraso que leva e à solução transitória que temos:

1) Para compensar a falta da central de camionagem temos no local de construção da futura central de camionagem um parque multiusos, senão vejamos este espaço serve hoje em dia para: estacionamento de autocarros, parque de estacionamento de carros, local venda de bilhetes, local de diversão nocturna (corridas de carros) e até serve de base para acampamentos ciganos.....

2) A degradação que este espaço atingiu leva a situações incomodas para os moradores das àreas envolventes nomeadamente o ruído (provocado pelos autocarros que deixam passageiros a qualquer hora do dia e da noite) e o pó no verão.

3) Acho que as pessoas não se deviam esquecer que esta é uma das portas de entrada da cidade, e não existe uma segunda oportunidade para criar uma boa primeira impressão.

Estas considerações levam-me a perguntar:

Qual a razão de se demorar tanto tempo para resolver esta situação?
Porquê tantas promessas não cumpridas e falta de dignidade da solução encontrada?
Para quando a resolução definitiva do problema...?

Neste aspecto penso que Vila Real merece mais e melhor......